de escola, Fred, à sua esquerda, em tamanho natural e
em movimento. E disse: "Nossa,
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|
Insisti, para ter certeza de que ele realmente se sentia
|
"Você sente quase como se Fred estivesse aqui na sala com você? Sente que está com
|
ele, embora ele não faça mais parte da sua vida?"
|
"Sinto. É quase como se ele estivesse nesta
sala."
|
Al acabava de me mostrar como
|
cérebro codificava a experiência de alguém
|
que ele realmente "perdera", mas de quem ainda tinha a
sensação positiva de
|
"presença". A imagem ficava num local
determinado, tinha tamanho natural e se
|
movimentava. Esta seria a informação-chave para ajudar Al a resolver a
perda de Sheri.
|
"Você gostaria de ser capaz de pensar em Sheri da mesma forma, para
voltar a ter
|
os bons sentimentos que vivenciou com ela, ao invés desse vazio deprimente?"
|
"Seria bom ter aquele sentimento agradável novamente. Mas isso não me
|
impediria de conhecer outras moças?"
|
"É uma boa observação. Sem dúvida, você não quer simplesmente ficar sentado
|
em casa, tendo bons sentimentos em relação a Sheri. Aliás, quando terminarmos, você
|
vontade de conhecer outras moças. Pensar em Fred como você pensa
|
não o impediu de ter outros amigos homens, não é?" Al concordou que não.
|
"Entretanto, pensar em Sheri da maneira como tem pensado
manteve-o preso a ela
|
e o impediu de conhecer outras moças. O processo que iniciaremos agora
vai lhe
|
permitir recuperar os bons sentimentos em relação a Sheri, como os que já tem com
|
bons sentimentos, e você merece tê-los no lugar do desejo e
|
do vazio que sente agora. E, o que é mais importante, posteriormente
usaremos esses
|
bons sentimentos como um guia para o novo relacionamento que
deseja construir com
|
"Parece-me ótimo", disse Al, concordando em
ir adiante, porém ainda um pouco
|
em dúvida sobre se conseguiria realmente mudar alguma coisa.
|
"Perfeito. Agora, quero que pense em uma das ocasiões mais especiais que teve
|
com Sheri, quando tudo ia bem... Depois, quero que a veja em
tamanho natural e em
|
movimento, à sua esquerda, no mesmo local em que
viu Fred. Pense nela
|
como pensou em Fred, quase como se ela estivesse na mesma
sala."
|
Al começou a rir e a relaxar, sem dúvida alguma sentindo-se melhor.
"Sinto-me
|
bem. Há muito tempo não me sentia assim... Com certeza,
agora sinto-me diferente em
|
"Mesmo que não se relacione mais com Sheri, pode
sentir-se bem consigo
|
mesmo". Fizemos outros testes, que confirmaram que Al se
sentia mais à vontade ao
|
pensar e falar sobre Sheri. Seu cérebro a tinha catalogado de outra
maneira — não como
|
alguém que nos provoca tristeza, mas, como Fred, alguém sobre quem nos sentimos
|
bem. A PNL nos permite conhecer a maneira como nosso cérebro
|
experiências, e é isso que nos permite fazer mudanças de maneira tão rápida.
|
Seria tentador parar neste ponto, pois Al já tinha aprendido a substituir seu
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sentimento de vazio pelos sentimentos agradáveis de carinho e amor, quando
pensava
|
Entretanto, Al talvez tentasse repetir sua experiência com Sheri em novos
|
relacionamentos. No romance
|
um homem de quarenta anos ainda tentava
|
encontrar uma substituta ideal para a menina de treze anos que
amara vinte e cinco anos
|
antes. Não se pode substituir
|
novo relacionamento que tenha muitas das mesmas
|
O próximo passo ajudaria Al a ir mais fundo na preservação dos benefícios de seu
|
relacionamento anterior com Sheri. Com ele, Al poderia usar sua
experiência anterior
|
para encontrar e desenvolver novos relacionamentos amorosos.
Isto é o que as pessoas
|
que se recuperam espontaneamente de perdas trágicas conseguem fazer.
|
"Quero que feche os olhos e reveja todos os bons momentos
que teve com Sheri
|
— esqueça os ruins, pois não são importantes agora. Enquanto
relembrar, quero que
|
que sentiu durante o relacionamento. As pessoas valorizam coisas
|
diferentes num relacionamento. Algumas valorizam o afeto e a
intimidade; outras, uma
|
amizade menos intensa, mas que permita uma convivência agradável. Outras valorizam
|
a espontaneidade e a variedade, e existe quem dê valor à confiança e à constância. O
|
humor, a inteligência e a vivacidade são outros elementos valorizados num
|
acham que certos relacionamentos lhes permitem
|
gostar mais de si mesmas, e
|
era o que elas mais valorizavam...
|
"Enquanto identifica os diferentes valores de seu
relacionamento com Sheri, quero
|
que os imagine em outro lugar. Esta nova imagem pode ser mais
simbólica ou abstrata,
|
mas deve manter a essência das experiências especiais que teve com
ela."
|
"Vejo uma luz branca que impregna tudo o que toca",
disse Al.
|
"Ótimo. Agora, em um terceiro lugar, quero que imagine que forma
esses valores
|
podem ter no seu futuro. Como poderá satisfazer esses valores com outra
pessoa? Esta
|
imagem pode ser um pouco vaga e obscura, porque você ainda não sabe quem irá
|
conhecer amar no futuro, mas a imagem deve ter essa mesma luz
branca e calorosa.
|
Imaginar que poderá vivenciar os mesmos valores com
outra pessoa vai direcionar sua
|
atenção para procurar outras moças e descobrir o tipo de
relacionamento satisfatório que
|
poderá criar com cada uma delas..."
|
"Já entendi. Isso me deixa mais esperançoso."
|
"Agora, pegue esta imagem e multiplique-a, como se fosse um
baralho de cartas.
|
Enquanto ela se multiplica, cada carta pode ser um pouco
diferente da outra, mas todas
|
terão a mesma luz branca e calorosa, preservando a essência do tipo de relacionamento
|
que deseja desenvolver...
|
"Quando tiver o baralho de cartas completo, quero que o
jogue em direção ao
|
futuro, para que as cartas se espalhem. Algumas ficarão perto de você, outras mais
|
distantes. Mesmo espalhadas, você poderá ver a luz branca e calorosa em cada
uma
|
delas, brilhando como uma pequena estrela..."
|
"Interessante, posso realmente ver as luzes
brilhantes."
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"Perfeito. Agora, quero que pense em Sheri da maneira como
o fazia antes, numa
|
imagem pequena e escura, e veja se recupera o antigo sentimento
de perda..."
|
"Não consigo fazê-lo. Posso ver a imagem rapidamente,
mas logo volto a pensar
|
nas luzes brilhantes do futuro."
|
Todo o processo levou cerca de vinte minutos. Para outro exemplo
e a diretriz do
|
processo, ver o vídeo "Resolving Grief" (1).
|
Os resultados obtidos por Al
|
Algumas semanas depois, Al entrou em contato conosco e nos
relatou várias
|
mudanças interessantes. Uma semana depois de nossa sessão, ele se viu conversando à
|
vontade com um amigo de Sheri, a quem anteriormente evitava. Voltou
a sair com
|
moças e estava gostando muito. No fim, disse algo que era uma
demonstração
|
fascinante de que as mudanças tinham sido para valer. Disse que
ficava imaginando o
|
que aconteceria da próxima vez que passasse pela Avenida
Sheridan. Quando passou
|
por ela a palavra que lhe saltou aos olhos foi "rid"
[libertar-se], ao invés de "Sheri"!
|
Algumas semanas depois, Al usou o processo de eliminação da tristeza para
|
modificar seu sentimento em relação a duas antigas namoradas. Sempre
ficamos
|
satisfeitos quando alguém aprende o suficiente sobre o método para usá-lo sem nossa
|
No ano seguinte, Al continuou a sair com outras moças e desenvolveu um
|
relacionamento sério com Julie, com quem vinha saindo
há seis meses. Ele contou:
|
"Este último ano foi interessante. Nunca
imaginei que uma única sessão pudesse ter tal
|
Logo depois disso, Al telefonou nervoso e quase chorando. Julie
tinha-lhe dito
|
que "queria que fossem apenas bons amigos" — estava
saindo com outra pessoa. Desde
|
então, Al estava preocupado e tinha dificuldade em pegar no sono.
Embora conhecesse
|
o processo de eliminação de tristeza, não o tinha utilizado, achando que
pudesse impedir
|
qualquer possibilidade de um dia reatar com Julie. Tranqüilizei-o, afirmando que o
|
processo não apenas o faria sentir-se melhor, como também o tornaria mais
|
moderado, caso ela mostrasse interesse em retomar o
relacionamento. (Ver a sessão
|
sobre "tristeza prévia", adiante, neste capítulo.)
|
Uma semana depois, ele telefonou, dizendo que se sentia bem
melhor. Na noite
|
em que passou pelo processo de eliminação de tristeza, teve um sonho agradável ao
|
invés dos sonhos confusos e angustiados que vinha tendo. Em um mês, era a primeira
|
vez que isso acontecia. Havia conversado com Julie pelo
telefone, e sentia-se calmo e
|
capaz. Haviam combinado um encontro num café.
|
Nenhum de nós pode evitar as perdas. Al aprendeu
uma maneira criativa de lidar
|
com a perda. A cada vez que estabelece novos relacionamentos,
leva consigo os valores
|
dos relacionamentos anteriores. Se apreendermos isso, poderemos
usar todas as nossas
|
experiências para criar relacionamentos cada vez melhores.
|
Muitos tipos de perda podem ser resolvidos
|
Como a perda é uma experiência por que todo mundo passa,
tivemos oportunidade
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de usar este método de eliminação da tristeza para resolver uma
grande variedade de
|
perdas, em geral em apenas uma sessão. Entre os vários casos que tivemos, havia uma
|
jovem mãe que deu seu bebê para adoção, uma mãe cujo filho adulto se suicidou e
|
homens e mulheres que perderam entes queridos em desastres ou
acidentes terríveis. Em
|
praticamente todos os casos, nosso cliente sentiu um intenso alívio e pôde estabelecer
|
um contato com a pessoa que havia perdido e com o
|
Embora a maioria das pessoas pense em perda em relação a pessoas, existem
|
muitas outras perdas que podem ser solucionadas com este método. A perda de um
|
bichinho de estimação, um anel, uma casa, um trabalho —
tudo isso pode ser tão
|
devastador para algumas pessoas quanto a perda de um
relacionamento.
|
Usamos este método com atletas acidentados que não podiam mais praticar seu
|
esporte predileto e com pessoas que haviam perdido o emprego, a
casa ou seu país de
|
origem. Tem sido muito gratificante poder ajudar essas pessoas tão rapidamente.
|
Três meses depois de ter ajudado uma senhora a superar a tristeza
da morte da
|
mãe, seu marido me escreveu:
|
Apenas um bilhetinho para dizer o quanto estou grato por ter
ajudado minha mulher a
|
superar a tristeza. Ambos lhe agradecemos por sua delicadeza,
seu tempo, seu carinho e sua
|
"Desde a sessão que teve com ela, minha esposa foi
capaz de aceitar a morte da mãe e,
|
literalmente, colocou a tristeza dentro de uma nova perspectiva.
Ela está lidando bem melhor
|
e, em decorrência disso, o
|
sumiu do nosso trabalho e do nosso
|
casamento. Mais uma vez, muito obrigado. Desejo a você e aos seus saúde, bem-estar e uma
|
vida melhor, através da PNL."
|
Quando criança, Ruth tinha uma grande amiga com
quem brincava o tempo todo.
|
Essa intimidade era muito importante para as duas meninas. Então, a amiga de Ruth
|
teve de se mudar para outro Estado. "Era como se
|
embora. Desde então sinto muita falta dela",
explicou. Ela havia tentado inúmeras
|
abordagens terapêuticas para tentar resolver essa
perda, sem sucesso. Vários meses
|
depois de ter aplicado o método de eliminação da tristeza, Ruth comentou:
"Após tantos
|
anos, é bom ter finalmente conseguido lidar e eliminar essa tristeza".
O calor e a paixão
|
do tom de voz de Ruth confirmavam a profundidade do que ela
dizia.
|
Seis semanas antes de eu conhecer Anita, ela havia perdido as três pessoas a quem
|
mais era ligada. E tudo acontecera em apenas três dias. No dia 6 de maio, seu chefe
|
morreu num acidente de carro; no dia 7, ela perdeu a mãe; e no dia 8, o noivo, que
|
estava na África fazendo experiências de comunicação com animais, foi engolido por
|
um leão! Não é de admirar que Anita se queixasse de um vazio em sua vida.
Perguntei-
|
lhe qual das mortes era mais difícil de aceitar e guiei-a através do processo de
|
eliminação de tristeza. Quando terminamos, ela me olhou pensativamente e
disse:
|
"Posso fazer o mesmo no caso das outras duas, não é?" Depois, Anita contou que a
|
aplicação do método tinha feito uma enorme diferença em sua vida.
|
Descobrimos que este método é muito útil quando alguém está triste por não ter
|
conseguido concretizar um sonho muito grande. Uma mulher que
descobre que não
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pode ter o filho que tanto desejava ou um homem de negócios, em plena "crise de meia-
|
idade", que se dá conta de que suas expectativas de
sucesso provavelmente não serão
|
concretizadas podem sofrer tanto quanto alguém que perdeu um filho ou um emprego
|
Quando esses sonhos perdidos são tão vividos quanto as lembranças das pessoas
|
que perderam algo concreto, produzem os mesmos sentimentos de
vazio e perda. O
|
método de eliminação de tristeza usado com
|
vivenciarem o sonho como um recurso constante, com a mesma força que ele teria se
|
Uso do método em maus-tratos sofridos na infância
|
Chegamos a usar este método com pessoas que sofreram
maus-tratos quando
|
crianças e choravam a perda de uma infância feliz que jamais tinham tido.
Quando um
|
dos pais morre, a criança perde o relacionamento positivo
que tinham, e também a
|
esperança de vir a ter o relacionamento amoroso e carinhoso que tanto
desejava.
|
Muitos profissionais a quem ensinamos este método o estão aplicando em pessoas
|
que foram maltratadas física ou sexualmente. O método permite que elas recuperem o
|
relacionamento carinhoso que tanto lhe fez falta durante o seu
desenvolvimento. Isto
|
fornece uma base vivencial que cria um sentimento de auto-estima
e bem-estar.
|
Dentre as várias instituições que estão utilizando o nosso método, uma é a clínica
|
psiquiátrica sem fins lucrativos Our Lady of Peace (Nossa Senhora da
Paz), em
|
Louisville, Kentucky. A dra. Mary El-len Zuverink, responsável pelo treinamento da
|
equipe hospitalar no método de eliminação da tristeza, disse-me
recentemente:
|
"Temos usado o método de eliminação da tristeza em nossa instituição com
|
imenso sucesso", disse, empolgada. "Temos trabalhado
com os casos mais difíceis, e,
|
como funciona com essas pessoas, pode funcionar com
|
"Uma jovem sofria de depressão e de tendências suicidas por ter perdido a mãe.
|
Era filha de um alcoólatra, e quando criança tinha sido maltratada pela mãe e seviciada
|
pelos irmãos. Sua vida em geral tinha sido muito ruim. Após ter passado pelo processo
|
de eliminação da tristeza, tudo mudou para ela. 'Sinto-me como se tivesse
feito um
|
transplante do coração', disse. Isso foi há sete meses, e hoje ela está em ótima forma.
|
Acaba de vir me visitar e disse que o método foi responsável pela sua mudança. Ao sair
|
do hospital, já se sentia bem, e está melhor ainda agora."
|
A dra. Mary Ellen deu outros exemplos de pacientes com vários tipos de
|
problemas e que haviam sofrido grandes perdas. "Depois que
cuidamos dos problemas,
|
muitos deles simplesmente desaparecem", disse a médica. "Estou muito satisfeita
que
|
você esteja fazendo este tipo de trabalho. É realmente necessário. Sinto-me feliz por
|
poder ensinar este método a outras pessoas."
|
Ela também contou que os resultados do método mudaram a maneira de pensar
|
dos funcionários da instituição sobre o que é possível fazer. "Vimos os resultados
—
|
como as pessoas conseguem mudar tão rapidamente." Como se trata
de um grande
|
hospital psiquiátrico, muitas vidas estão sendo beneficiadas por esse método.
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|
Quanto tempo leva a sensação de perda?
|
A maioria dos livros especializados diz que, para se livrar da
sensação de perda, a
|
pessoa "deve" passar por quatro ou cinco estágios durante um certo período de tempo.
|
Vários autores enumeram estágios que variam pouco de um para
outro. Esses estágios
|
em geral incluem negação, raiva e negociação, antes de se chegar à aceitação. Muitas
|
vezes, essa "aceitação" é mais resignação do que a decisão criativa que observamos nas
|
com as pessoas antigamente, mas tem pouco a
|
dessa maneira parece o que se
|
dizia no século passado sobre voar. Parecia impossível, pois nunca havia sido feito
|
antes. Muitas pessoas sempre conseguiram superar suas perdas de
maneira rápida e
|
essas pessoas excepcionais conseguiram resolver com
|
sucesso a sensação de perda, descobrimos os
elementos-chave e como ensinar outras
|
pessoas a utilizá-los de maneira rápida. Descobrimos que um longo período de espera
|
simplesmente não é necessário — ocorre apenas porque não se sabe o que fazer.
|
O fato de o luto ser tratado de maneira diferente em diversas
culturas também
|
demonstra que o período de tempo necessário não é fixo. Os irlandeses fazem uma
|
"vigília", onde amigos e parentes conversam sobre o morto e
festejam durante três dias.
|
Após esse período, os sobreviventes se "recuperam" da perda. No
outro extremo, em
|
algumas culturas a viúva deve prantear a morte do marido
durante um número
|
específico de anos e, algumas vezes, até pelo resto da vida.
|
Já conseguimos usar este método com sucesso até no mesmo dia da perda.
|
Evidentemente, não forçamos ninguém a fazer isso. Não há um período de tempo
|
necessário. O que e necessário é compreender a estrutura mental da
dor e da perda, de
|
forma a saber modificá-la.
|
Como as pessoas pensam na perda
|
A variedade de maneiras com que as pessoas pensam sobre alguém que se foi é
|
fascinante. Antes de continuar a ler, nosso leitor talvez ache
interessante observar como
|
Todo mundo usa uma variação do tema "Está aqui, porém não está presente de
|
Uma das maneiras é ver a pessoa, porém de uma forma
"insubstancial" —
|
transparente, achatada, sobrevoando o ambiente, em uma foto etc.
Talvez se veja a
|
forma da pessoa na cama, ou as marcas dos seus passos na relva,
mas não há ninguém.
|
Talvez nos vejamos com a pessoa que se foi a distância, e neste caso funcionamos
|
apenas como observadores. Não estamos com a pessoa que perdemos,
para rememorar
|
os bons sentimentos que um dia partilhamos. Um homem lembrava-se
de uma grande
|
amiga ouvindo sua voz ao telefone. Mas a voz era fraca, como um
velho disco na
|
vitrola, e não a de uma pessoa em carne e osso.
|
Quando eliminamos a sensação de perda, pensamos na pessoa que
se foi quase da
|
mesma forma em que pensamos nas pessoas que ainda fazem parte da
nossa vida. É
|
como se, de certa maneira, ela continuasse "viva para nós", mesmo sabendo que já
|
morreu ou foi embora. Existe melhor maneira de honrar aqueles
que foram importantes
|
em nossa vida do que carregar conosco o
|
daquilo que eles deixaram... e continuar
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|
vivendo para partilhar esse sentimento com outras pessoas?
|
Quando, além da perda, há trauma
|
Quando a pessoa morreu de forma dolorosa ou trágica — num acidente ou de
|
doença grave —, é quase sempre necessário usar o método de cura da fobia (ver
|
Capítulo 6), juntamente com o processo de eliminação da tristeza. Recentemente, fiz
|
uma sessão com um homem cuja esposa morrera de câncer seis meses antes. Ele e a
|
esposa haviam passado ótimos momentos juntos, partilhando
as coisas de que gostavam
|
e reforçando o amor que sentiam um pelo outro. Entretanto, havia muitas
lembranças
|
desagradáveis, à medida que o câncer progredia e ela ficava mais
doente, até que entrou
|
Pedi a ele que revisse aquele período e separasse com cuidado todos os
bons
|
momentos que queria preservar e reverenciar daqueles momentos
que poderia deixar
|
para trás. Primeiro, usei a cura rápida de fobia com os momentos
desagradáveis, e
|
depois o método de eliminação da tristeza com os momentos
especiais que ele desejava
|
reverenciar e guardar na lembrança. Isso fez com que ele se
distanciasse do que era
|
desagradável e retomasse as experiências valiosas que havia tido com a
esposa.
|
Preparação para a perda: restabelecer o poder pessoal
|
Uma variação deste método é útil para o que chamamos de "preparação para a
|
perda": um processo que prepara as pessoas para uma perda
que vai acontecer. Isto
|
ajuda as pessoas que têm amigos idosos ou doentes, ou que
estão prestes a se divorciar.
|
A preparação para a perda fortalece as pessoas para os acontecimentos
futuros, de
|
forma que elas possam lidar de maneira mais adequada e
respeitosa com alguém que
|
está morrendo ou indo embora. Sem essa preparação para a perda, as pessoas ficam tão
|
envolvidas na sua dor que não são capazes de ajudar a pessoa que está morrendo. Não é
|
justo sobrecarregar a pessoa que vai morrer com o ônus extra de ajudar os parentes e
|
amigos a aceitarem sua morte! Um especialista em PNL usa este método praticamente
|
todos os dias em pacientes que sofrem de AIDS, seus parentes e
amigos.
|
A preparação para a perda também pode ser útil para qualquer tipo de perda
|
provável, como um divórcio, por exemplo. Ao resolvermos o
problema da perda
|
previamente, podemos nos sentir fortes e criativos, ao invés de desesperados e
|
desesperançados. Isso nos cia uma base emocional muito melhor para lidarmos
com os
|
problemas práticos da separação. E pode, às vezes, criar as bases para uma
possível
|
Como um bônus surpresa, descobrimos que a preparação para a perda é útil até
|
para casais que planejam continuar juntos! Fortalece o
relacionamento e elimina
|
qualquer tipo de dependência do tipo "Não posso viver sem você".
|
Ron, por exemplo, estava descontente com o forte ciúme que sentia da namorada.
|
Depois que um especialista em PNL usou o método com ele, o ciúme desapareceu. Ele
|
não tinha mais a sensação de que a namorada era a "única" pessoa capaz de lhe
|
proporcionar experiências valiosas. Portanto, deixou de
se sentir dependente e
|
desamparado. A preparação para a perda mostrou-lhe que as
experiências valiosas
|
Ron conseguia apreciar ainda mais a namorada sem se prender
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|
desesperadamente a ela. Ficou mais feliz, porque se sentia mais
completo como pessoa,
|
e a namorada também ficou mais feliz, porque ele
deixou de se preocupar com ela o
|
Louise sentia-se chateada com a possibilidade de perder o
namorado. Como ele
|
ainda não havia assumido um compromisso mais sério, ela se sentia vulnerável. Esse
|
sentimento interferia no relacionamento. Para Louise, era um
"grande problema". Após
|
usar o método de preparação para a perda, ela nos enviou um
bilhete:
|
"Muito obrigada pela atenção e ajuda que me deu. Depois de
resolvido, o 'grande
|
problema' parece tão bobo! E incrível como nosso cérebro aprende rápido se tiver a
|
Eu e Steve já nos preparamos para a perda dos
nossos filhos e outros parentes e
|
amigos. Achamos que ter consciência de que eles talvez não estejam conosco amanhã
|
faz com que o tempo que temos com eles se torne ainda mais
especial e precioso.
|
Quando perdeu a mãe, há três anos, Steve passou uma manhã tranqüilamente sozinho,
|
restabelecendo a ligação com os momentos especiais que
tiveram juntos e depois seguiu
|
em frente com sua vida. Mesmo a morte pode tornar-se uma celebração da vida.
|
Além de solucionar o problema da tristeza e nos ajudar a lidar com
os problemas
|
práticos da perda, este método nos dá uma sensação saudável de poder pessoal e
|
independência, criando a capacidade de plantarmos solidamente nossos pés no chão e
|
estendermos nossos braços para as outras pessoas.
|
(1) "Resolving
Grief", vídeo (ver Anexo II).
|
de Steve e Connirae Andreas (a ser publicado).
|
Não foi com uma sensação de distância,
|
e sim com o coração cheio de alegria,
|
que pude me lembrar dele.
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Talvez você esteja fazendo ou já tenha feito regime para emagrecer,
ou tenha
|
amigos ou parentes que tentam sem cessar perder peso e mantê-lo. Muitas pessoas que
|
fazem regime lutam a vida toda para perder peso, enquanto outras
mantêm-se esbeltas
|
Fatores para a perda de peso
|
Problemas de peso podem resultar de inúmeras causas. Um dos pontos básicos
|
para facilitar a perda de peso é adotar a estratégia das pessoas naturalmente
esbeltas,
|
que será apresentada posteriormente neste capítulo. Se quiser perder peso, talvez
esta
|
estratégia alimentar seja a única coisa que lhe falta. Pelo
menos, será um primeiro passo
|
para você se tornar uma pessoa naturalmente esbelta. Algumas pessoas que
querem
|
perder peso já possuem esta estratégia. Precisam apenas de outras mudanças para tornar
|
possível a perda de peso. Em outros casos, aprender esta estratégia alimentar é um passo
|
importante, mas são também necessárias outras mudanças.
|
Por exemplo, as pessoas às vezes comem demais quando estão infelizes ou
|
estressadas, porque comer é uma forma simples de ter prazer na
vida. Lidar com a
|
infelicidade ou reduzir o
|
em geral elimina a necessidade de comer demais.
|
Muitos dos métodos descritos neste livro podem
ser usados para este fim.
|
Outras pessoas comem razoavelmente bem, mas não fazem exercícios físicos
|
suficientes para manter o peso. Encontrar uma maneira prazerosa
de se exercitar, e que
|
combine com o seu estilo de vida, é em geral um fator importante. A
motivação
|
positiva, sobre a qual falaremos mais no Capítulo 14, também pode ser útil.
|
Algumas mulheres não têm uma maneira positiva de reagir a
cantadas sexuais.
|
Estar acima do peso, e deixar de ser atraente por isso, pode ser
uma maneira eficiente de
|
evitar tais situações. Quando se aprende a reagir bem
ao flerte e a dizer "não" com
|
firmeza quando necessário, a necessidade de ter um peso
acima do normal desaparece.
|
Outros fatores, por vezes, estão relacionados ao problema de peso.
|
pessoa é especial, nossa abordagem é sempre encontrar o elemento-chave
em cada
|
Como a estratégia das pessoas naturalmente
esbeltas oferece uma base para uma
|
perda de peso adequada e fácil, nós a apresentaremos com mais
detalhes.
|
Posteriormente, neste capítulo, daremos um guia passo a passo,
para que o leitor possa
|
treinar e aprender a estratégia sozinho.
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|
Descobrir a estratégia para se tornar naturalmente
esbelto
|
Quando estava na faculdade, às vezes me diziam: "Nossa, você tem
|
tão magra! Eu não sou assim. Meu tipo físico é outro". Essas pessoas achavam
que ser
|
"magro" ou "gordo" era um acidente genético que não podiam controlar, e na época eu
|
também acreditava nisso. Só voltei a pensar no assunto muitos
anos depois, em 1979,
|
quando estava ensinando a estratégia de PNL num seminário.
|
Quase por acaso, descobri a estratégia ou "seqüência de pensamento" que
|
possibilita às pessoas tornarem-se naturalmente
esbeltas. Conheci uma mulher que
|
queria conhecer sua estratégia para decidir quando e o que
comer. Clara estava mais de
|
50 kg acima do seu peso e queria emagrecer. Sua seqüência de pensamento era muito
|
curta, e mostrava claramente por que ela era tão gorda: Ver a comida ⇒ comer. Eu não
|
acreditava muito que uma pessoa quisesse comer
|
resolvi fazer um teste com Clara. Havia um pouco de comida na
sala onde estávamos
|
dando o seminário, e, de fato, assim que ela viu a
comida, foi levada a comer. Ela não
|
levou em consideração se estava ou não com fome, se a comida era ou não gostosa, se
|
Comecei a criar uma estratégia alternativa para Clara, a fim de
dar-lhe uma
|
melhor maneira de selecionar quando e o que comer. Meu objetivo
era que ela tivesse
|
uma maneira de se manter naturalmente esbelta. Mais tarde,
pensando no assunto, dei-
|
me conta de que usara minha própria estratégia! Era isso que tinha funcionado
para mim
|
durante anos. Nos últimos dez anos, ensinamos muitas
outras pessoas a usar esta
|
estratégia para selecionar o que comer, e recebemos informações de que elas perderam
|
peso naturalmente, sem esforço.
|
A maioria dos estudos sobre obesidade examinam as pessoas que
|
peso e como elas reagem a diversas dietas e métodos terapêuticos. Ao contrário, muitos
|
dos padrões de PNL foram criados na tentativa de descobrir o que fazem as
pessoas que
|
conseguem manter o peso com facilidade. Uma vez que descobrimos
o que fazem as
|
pessoas naturalmente esbeltas, foi possível ensinar essa habilidade aos
outros.
|
As pessoas naturalmente esbeltas não se sentem obrigadas a serem
magras. Não se
|
sentem mal por "terem deixado de comer bem" e não restringem sua dieta. As que estão
|
de regime fazem tudo isso. Ao invés de travar uma batalha constante
com a comida, é
|
muito mais fácil aprender
|
a pensar e reagir da maneira que as pessoas naturalmente
|
A partir de nossas observações, pudemos verificar que a maioria
das
|
pessoas naturalmente esbeltas fazem o que eu faço, e as pessoas que têm problema de
|
Estratégia das pessoas naturalmente esbeltas
|
1. Em primeiro lugar, algo me faz pensar em comida. Os motivos
podem ser
|
vários: percebo que está na hora do almoço, alguém fala em comer, sinto fome ou vejo
|
2. Verifico como está o meu estômago.
|
3. Pergunto-me: "O
que cairia bem no meu estômago?"
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|
4. Visualizo um alimento qualquer: um sanduíche, um prato de sopa, uma salada
|
5. Imagino que estou ingerindo qualquer um desses alimentos.
Penso no gosto da
|
comida, sinto o alimento descendo pelo estômago e depois imagino como essa
|
quantidade do alimento escolhido
|
vai "bater" mais tarde no meu estômago se eu comer
|
6. Se achar que essa sensação posterior é melhor do que não comer nada,
|
mantenho o alimento como uma possibilidade. Se não, deixo-o de lado.
|
7. Depois, visualizo
outro alimento que poderia ingerir.
|
8. Imagino estar provando este segundo alimento, sinto-o descer
para o meu
|
estômago e ficar dentro do meu organismo nas horas seguintes.
|
9. Observo minha sensação. Gosto mais desta segunda escolha?
Se for o caso,
|
mantenho este segundo alimento na mente, para compará-lo à minha próxima escolha.
|
10. Repito os passos 7,8 e 9 várias vezes, sempre pensando no tipo
de alimento
|
que me daria a melhor sensação após tê-lo ingerido. E comparo cada nova
possibilidade
|
11. Quando sinto que já comparei um número suficiente de opções, como o
|
alimento que me fará sentir-me melhor após tê-lo ingerido.
|
A pessoa naturalmente esbelta poderá estar pensando, "Mas isso é óbvio. De que
|
forma uma pessoa escolheria o que comer?" Mas a pessoa que
tem problema de peso
|
raciocina de outra maneira. Talvez pense: "E o que a faz
deixar de comer chocolate,
|
sorvete e outras comidas que engordam?!"
|
A resposta é "nada". De vez em quando,
como alimentos que engordam, em geral
|
em pequenas porções. Nada
|
de comer alimentos que engordam. Entretanto,
|
normalmente não tenho vontade de comê-los, pois, quando paramos para
pensar, a
|
maioria das comidas que engordam
|
nos fazem mal algum tempo depois.
|
comendo um prato inteiro de rodelas de cebola frita, a sensação de ter de digeri-las a
|
Se penso em comer vários potes de sorvete na hora
|
do almoço, imaginar o sorvete no meu estômago pelo resto da tarde me dá a mesma
|
sensação desagradável, pesada.
|
Por outro lado, se imagino um prato de sopa de legumes a sensação que
|
alimento vai causar no meu estômago e no meu organismo pelo resto
da tarde, sinto-me
|
bem melhor. No meu caso, esta experiência é muito mais atraente, e é por isso que em
|
Sem dúvida, cada pessoa reage de maneira diferente a diferentes tipos
de comida.
|
Um sanduíche de peru ou uma salada de camarão podem fazer uma pessoa sentir-se
|
bem o resto da tarde. Devemos nos lembrar que o que nos faz bem
num dia pode não
|
nos fazer bem no dia seguinte. Nosso corpo muda à medida que reagimos aos
|
acontecimentos: o que comemos no dia anterior, nossas
atividades, se temos dormido o
|
suficiente, se estamos com frio ou calor etc. Qualquer alimento
será atraente se não
|
tivermos comido nada nos últimos três dias.
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O que fazer quando se come demais?
|
Outra diferença entre as pessoas naturalmente
esbeltas e as que estão sempre
|
fazendo regime reside no que elas fazem quando comem demais
algum alimento que
|
engorda. Todo mundo exagera de vez em quando. Quando as pessoas
que estão de
|
regime comem demais, geralmente pensam: "Não consegui me controlar. Acho que
sou
|
um glutão. Vou ser gordo a vida toda, então é melhor me acostumar. Como não consigo
|
seguir uma dieta, é melhor comer o que quiser e
saborear a comida". Uma forte
|
sensação de depressão ou de baixa estima mantém vivo esse padrão.
|
Por outro lado, eis um exemplo do que as pessoas naturalmente
esbeltas fazem
|
quando comem em excesso. Recentemente, demos uma festa em nossa
casa, com jantar
|
e várias sobremesas. Comi demais, muito mais do que como
normalmente. Quando a
|
festa acabou, notei que estava
|
— não apenas satisfeita, como fico
|
normalmente, mesmo quando como bastante. Passei o resto da noite
consciente do
|
desconforto em meu estômago. "Que bom que estou
sentindo isso", pensei. "Não vou
|
mais comer dessa maneira durante um bom tempo."
|
A experiência de ter comido em
|
excesso deu-me a informação de que precisava para me motivar a
comer deforma mais
|
No dia seguinte, quando pensava no que comer, escolhia apenas
|
pequenas quantidades de alimentos que continham pouco ou nenhuma
gordura ou
|
açúcar. Não porque achasse que
|
de comer esse tipo de comida; elas me atraíam
|
naturalmente naquele momento.
|
A estratégia das pessoas naturalmente esbeltas baseia-se em
|
mais prazer e menos proibições. Quando se começa a pensar como as pessoas
|
naturalmente esbeltas, não é mais necessário usar "obrigações" e "regras" para
se
|
obrigar a comer de forma a perder peso. As pessoas que comem
demais em geral
|
ao gosto agradável da comida. Por outro lado, a
estratégia das
|
pessoas naturalmente esbeltas ensina a pensar no que vai nos
proporcionar a
|
Comer sorvete demais pode ser agradável na hora, mas, se
|
imaginarem como o estômago e o organismo vão se sentir depois de um excesso de
|
açúcar e gordura, as pessoas perceberão que a
|
não é tão agradável assim.
|
Essa estratégia funciona mesmo quando não contamos as calorias. Nosso corpo
se
|
lembra da reação a algo que já ingeriu. Isso cria uma
|
comer bem — porque, no fim das contas, é mais
|
A diferença entre estar com fome e outras sensações
|
Greta queria perder peso e não tinha encontrado uma dieta que
funcionasse para
|
ela. Quando lhe falei da estratégia das pessoas naturalmente
esbeltas, demonstrou
|
interesse. Greta não acreditava que fosse possível perder peso sem esforço, mas achou
|
que valia a pena tentar. Se funcionasse, seria um alívio.
|
Comecei ensinando a Greta os passos indicados anteriormente.
"Imagine-se num
|
restaurante, enquanto pensa o que vai almoçar. Leia o primeiro item do cardápio. O que
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|
"Muito bem. Imagine um empadão... Agora, imagine que está comendo o
|
empadão e sinta como ele ficaria no seu estômago pelo resto da tarde."
Prestei atenção
|
aos sinais não-verbais de Greta, para saber se
estava seguindo minhas indicações,
|
usando a parte do seu cérebro capaz de seguir cada um dos
passos. Ela saiu-se bem até o
|
passo sobre a "sensação".
|
"Quer que eu sinta se estou ou não saciada?", perguntou.
|
"Não se trata de saber se está
|
ou não", respondi. "Trata-se do
|
sensação que tem no estômago. Se comer um empadão com recheio de queijo, a
|
sensação será muito diferente da que teria se comesse um prato de
legumes."
|
Greta parecia confusa. "Não sei do que está falando", disse. "Acho
que nunca
|
percebi uma diferença de sensações. Sei a diferença entre me sentir bem ou mal, ou
|
desconfortável. Se me sinto desconfortável, então como."
|
Algumas pessoas que comem demais são como Greta. Não sabem diferenciar os
|
vários tipos de sensações. Nem aprenderam a diferenciar o
tipo de vazio que significa
|
"Estou me sentindo só" da sensação de fome, que é um sinal para se comer. Levei
|
algum tempo para ajudar Greta a diferenciar suas várias sensações emocionais.
|
"Se todas as suas sensações emocionais estiverem
classificadas em dois grandes
|
blocos, "boas" ou "más", quando se sentir mal não saberá o que fazer para se sentir
|
melhor. Não saberá quando comer, quando convidar um amigo para um cinema ou
|
quando fizer qualquer outra coisa que satisfaça suas necessidades", eu disse.
"Você
|
passará a perceber a diferença se prestar atenção aos
|
internos, se observar que
|
a fazem sentir-se melhor. Se tiver uma sensação desagradável e uma visita a
|
amigos a fizer sentir-se melhor, você começará a reconhecer aquele
|
como um sinal para visitar um amigo. Se sentir uma sensação desagradável e depois de
|
continuar, provavelmente a sensação não era de fome. É um
|
sinal de que deseja outra coisa. Talvez esteja com raiva de
alguma coisa e precise
|
resolver esta questão. Talvez esteja entediada e queira
fazer algo interessante ou
|
Greta compreendia o que eu dizia e começava a diferenciar a sensação de fome
|
das demais. Mesmo assim, ainda tinha dúvidas. "Nunca fiz isto antes;
portanto, não
|
tenho experiência. Não sei a sensação dos diferentes tipos de comida no
meu estômago.
|
Então como vou aprender e comer desta maneira?", perguntou.
|
"Neste momento, enquanto está aprendendo a estratégia, pode supor como seu
|
estômago vai reagir a cada alimento a longo prazo. Não importa se vai acertar ou não,
|
desde que use o sinal posterior para rever suas impressões. Após ter ingerido um
|
alimento, observe como se sente. E a cada vez que se alimentar
perceberá melhor o tipo
|
de sensação que cada alimento provoca."
|
Expliquei a Greta que, com o tempo, fui ficando cada vez mais
específica em
|
minhas previsões. Quando era mais jovem, muitas
vezes comia demais, ou comia
|
alimentos que me faziam mal depois. Esse tipo de experiência era exatamente do que eu
|
precisava para ter mais informações a respeito de como iria sentir
posteriormente certos
|
alimentos. De vez em quando, eu até sabia que um alimento ia me causar
desconforto,
|
mas esse meu "conhecimento" não era muito real ou suficientemente
forte. Cada vez
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que comia demais, observava como meu corpo reagia. Passei a ter
uma experiência
|
profunda do desconforto, e da próxima vez pensava duas vezes antes de
ingerir aquele
|
alimento. Todo mundo aprende com a experiência. E qualquer erro de previsão deve ser
|
motivo de alegria, porque ele nos dará mais experiência no futuro.
|
Levamos mais algum tempo repetindo o processo para que se
tornasse automático
|
para Greta. Prestei atenção às pistas não-verbais (ver Anexo I) que
indicavam que ela
|
realmente estava realizando cada uma das etapas de maneira
adequada.
|
Cerca de um ano e meio depois, Greta nos contou que sua nova
estratégia de
|
alimentação tinha dado resultados. Havia perdido peso rapidamente, sem
esforço.
|
Embora tivesse, uma ou duas vezes, comido em excesso, conseguira
interromper o
|
processo, passando a comer pequenas quantidades durante vários dias, para que seu
|
estômago voltasse ao tamanho normal. A partir daí, foi mais fácil para ela observar
|
como seu estômago reagia a diferentes tipos de
comida.
|
Quando a pessoa usa a estratégia das pessoas naturalmente
esbeltas, passa a
|
manter o seu peso "normal". Este peso varia de pessoa
a pessoa, dependendo de fatores
|
genéticos, do nível de atividade e da maneira de
pensar. Dependendo do seu tipo
|
genético e de sua maneira de pensar, algumas pessoas serão mais pesadas do que outras.
|
A idéia de que alguns de nós têm um "peso predeterminado"
ao qual nosso corpo
|
retornará é bastante difundida na literatura sobre controle de peso.
Achamos que esse
|
"peso predeterminado" muda quando a pessoa adota uma
nova estratégia alimentar.
|
Quase sempre, as pessoas passam a ter um peso "normal"
mais baixo.
|
Adaptação às alergias alimentares
|
Pessoas que sofrem de alergias alimentares ou de doenças que exijam uma dieta
|
especial, como o diabetes, também podem usar outros critérios para selecionar ou evitar
|
certos alimentos. Entretanto, enquanto os efeitos nocivos não forem muito graves e
|
ocorrerem dentro de algumas horas, esta estratégia alimentar funciona bem. Se alguém
|
tem alergia a milho, por exemplo, e imagina como irá se sentir a médio prazo se comer
|
milho, poderá notar as sensações alérgicas, perceber como são desagradáveis e escolher
|
outro alimento. Esta estratégia ajudará as pessoas que são alérgicas ou sensíveis a
|
alguns tipos de alimento a evitá-los, sem criar conflito interno.
(Ver também capítulo 4,
|
"Como eliminar reações alérgicas".)
|
Como recuperar a sensação corporal
|
Greg pediu-me que o ajudasse a aprender a estratégia das pessoas naturalmente
|
esbeltas, porque conhecia pessoas que tinham obtido bons
resultados com ela. Quando
|
comecei a ensinar a Greg a estratégia, ele disse logo que não poderia aprendê-la, pois
|
não sentia nada da cintura para baixo.
|
Experiências muito traumáticas na infância fizeram com que Greg "decidisse",
|
ainda bastante criança, que não valia a pena ter sensações corporais. Era necessário
|
cuidar dessas experiências emocionais do passado antes
que Greg pudesse sentir-se
|
seguro para ter sensações corporais. Usei os métodos descritos nos capítulos 3 e 6 para
|
lidar com sua infância traumática. Isto lhe trouxe outros benefícios, que foram ainda
|
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