pensamos: "O que posso aproveitar disto que estou
ouvindo?"
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Descobrimos uma diferença primordial entre as pessoas que
reagiam bem às
|
críticas e aquelas que se sentiam arrasadas: trata-se da maneira
|
As pessoas que continuavam sentindo-se bem viam-se a si próprias fazendo
|
aquilo que estava sendo criticado. A crítica ficava "adiante",
"a uma certa distância"
|
delas. Com esse distanciamento, elas conseguiam fazer sua própria avaliação da crítica,
|
perceber o que havia de útil nela e decidir o que fazer.
|
Por outro lado, as pessoas que se sentem arrasadas
"interiorizam" a crítica.
|
Imaginam que o "significado negativo" da crítica vai literalmente direto para
dentro de
|
seu peito, como uma flecha.
|
A partir dessas constatações, desenvolvemos uma "estratégia para reagir a
|
críticas", que pode ser facilmente ensinada. Este método tem sido útil para muita gente,
|
e parecia apropriado a Randy.
|
"Randy, imagino que muitas das críticas de sua mulher são feitas de forma
|
negativa. E sei que é desagradável ter de ouvir muitas críticas. Você gostaria de se sentir
|
bem, mesmo quando ela usar um tom de voz desagradável ou apontar o dedo para
|
"Claro, se for possível."
|
Ensinamos a Randy a estratégia de reação a críticas, que descreveremos em
|
detalhes mais adiante. Quando terminamos, ele via e sentia de
maneira diferente as
|
Quando conversamos com Randy vários meses depois, ele estava muito
satisfeito
|
com os resultados. "Notei a diferença imediatamente", ele nos
disse. "Quando cheguei
|
em casa, logo após a sessão, minha mulher reclamou do meu
atraso e do fato de eu não
|
ter lhe dito o que pretendia fazer, para que ela pudesse
planejar o seu dia. Antes, eu
|
simplesmente teria me irritado. Dessa vez, parei para refletir e
me dei conta de que
|
havia algo que podia fazer da próxima vez. Ela ficou surpresa quando
lhe perguntei de
|
que partes da minha agenda ela desejava ter conhecimento. Esta
estratégia tem dado tão
|
certo para mim que a ensinei a alguns dos meus alunos. Acho que
muita gente sairia
|
ganhando com ela. Outra coisa que notei", continuou, "é que minha mulher parece mais
|
delicada quando me critica. Não sei se sou eu que ouço o que ela diz de outra maneira
|
ou se ela realmente mudou, mas é realmente interessante."
|
Randy notou algo que muitas pessoas observam quando passam a ter
novas
|
opções: de repente, aqueles que nos rodeiam parecem tornar-se mais
sensatos e capazes.
|
Muitas pessoas comentam que, após criarem novas opções, a convivência com os pais,
|
amigos e colegas parece mais fácil. Em geral, quando uma pessoa
ganha mais opções,
|
os outros parecem também reagir de forma mais positiva.
|
Esboço para reagir bem a críticas
|
É muito fácil e rápido aprender este processo. Antes
de começar, certifique-se de
|
que não será interrompido durante meia hora. Sugerimos que procure um lugar
calmo e
|
O básico neste processo é manter a distância entre si mesmo e a crítica. Você pode
|
fazer isso mantendo as críticas a uma distância confortável, talvez atrás de uma barreira
|
Este arquivo
compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
de vidro. Assim, poderá enxergar os acontecimentos
objetivamente, como se estivesse
|
assistindo a um filme. Isso evitará que se sinta mal, permitindo-lhe
avaliar calmamente
|
Ao passar por esse processo, é importante manter o sentimento de
capacidade o
|
tempo todo. Antes de começar, pense num momento em que se
sentiu especialmente
|
capaz, ou num período em que se sentiu amado e seguro,
ou ainda em qualquer outro
|
momento que tenha um significado especial. Imagine-se de
|
novamente durante alguns minutos, para recuperar os sentimentos
positivos e
|
mantê-los durante todo o processo. Se a qualquer momento começar a se sentir
|
desconfortável, simplesmente interrompa o processo e volte a reviver a experiência,
|
para voltar a sentir as emoções positivas, antes de ir adiante.
|
Etapa nº 1: Ver-se a distância. Veja-se à sua frente. Não precisa
|
ver, basta fingir que está se vendo, ou "sentir como
se" estivesse se vendo. Essa pessoa à
|
sua frente (você) vai aprender uma nova forma de
reagir às críticas. Como esse outro
|
"você" está ali à sua frente, fora de você, qualquer sentimento com relação à crítica
|
também estará fora de você. Se quiser, pode imaginar que há um vidro entre você,
|
sentado confortavelmente na cadeira, e aquele outro "você" à sua frente. Embora saiba
|
que o vidro é uma forte barreira de proteção, você poderá ver e ouvir através dele.
|
Ao passar por cada uma das etapas do exercício, sinta-se bem por estar
|
aprendendo algo que lhe será útil daqui por diante.
|
Continue a observar aquele outro "você" à sua frente, certificando-se de que
ele
|
também se sinta confortável e capaz durante todas as etapas
do exercício.
|
Etapa nº 2: Ver-se sendo criticado. O outro "você" está prestes a ser criticado.
|
Isso pode parecer um pouco estranho, já que
|
não é o que as pessoas fazem normalmente. Você está observando "você" à sua frente,
|
enquanto este "você" se observa sendo criticado. É como se você pudesse ver as
|
imagens que "ele" está vendo. É um pouco difícil no início, mas insista. As coisas mais
|
fáceis são, em geral, aquelas que menos nos ajudam. Aprender a fazer isso
lhe dará um
|
Certifique-se de que aquele "você" à sua frente continua se sentindo
capaz
|
enquanto vê a si mesmo sendo criticado. Caso ele não se sinta capaz o suficiente,
|
diminua a imagem "dele" sendo criticado e afaste-a, até ele se sentir capaz de enfrentar
|
Quando pedimos a Randy que iniciasse o processo, ele viu outro
"Randy" à sua
|
frente, e esse "Randy" viu sua esposa criticar um
terceiro "Randy". Portanto, você estará
|
vendo um outro "você" que vê um terceiro "você" sendo criticado. Caso não consiga
|
formar imagens, apenas finja que consegue.
|
Etapa nº 3: Ver-se imaginando o porquê da crítica. Agora veja aquele "você" à
|
sua frente enquanto ele imagina o
|
Por exemplo, a esposa de Randy às
|
vezes o criticava por ser muito indulgente com as crianças. Ele viu o outro Randy criar
|
onde sua esposa lhe dizia isso. Ele se viu também disciplinando
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Diminua bastante o tamanho do filme e afaste-o para que possa vê-lo de maneira
|
confortável, sentindo-se uma pessoa capaz, talvez com uma ponta de
curiosidade.
|
Observe se consegue criar uma imagem completa do que a outra
pessoa quer dizer ou se
|
a imagem está fora de foco ou é incompleta. Se a outra pessoa diz
apenas "Você é uma
|
pessoa grosseira", ou "Você tem sempre um ar de
superioridade", ainda não é possível
|
saber realmente o que ela quer dizer. Você não pode criar uma imagem completa do
que
|
isso significa, a não ser que faça perguntas. Sempre se dirija com
respeito à outra
|
pessoa: "Isso que está me dizendo me preocupa" ou
"Estou feliz que tenha levantado
|
essa questão". E então pergunte: "O que eu fiz para
que você me ache uma pessoa
|
Veja o outro "você" à sua frente fazer essas perguntas,
até que consiga ver
|
claramente o que a pessoa quis dizer. Lembre-se de verificar que
o outro "você" esteja
|
se sentindo confortável e capaz.
|
Descubra realmente o que a
|
pessoa quer dizer e não "crie"
|
respostas. Randy, por exemplo, podia imaginar o que, para ele,
significava "muito
|
indulgente", mas era necessário saber o que a
|
queria dizer com isso. Como
|
antigamente Randy sentia-se mal quando ela dizia isso,
simplesmente não lhe pedia
|
maiores detalhes. Só quando se viu assistindo a um filme
pouco claro de como era
|
"muito indulgente" com as crianças, percebeu que precisava perguntar
à esposa o que
|
ela queria dizer. Portanto, na sua imaginação, viu-se perguntando a ela:
"Quero saber o
|
que fiz que você considera muito indulgente. O que
fiz ou disse, e o que deseja que eu
|
faça?" Então, imaginou o que ela lhe
responderia.
|
Enquanto Randy ensaia o processo em sua imaginação, não importa que ele
|
adivinhe o que a mulher poderia dizer. Depois que aprender o
processo, ele irá
|
perguntar diretamente a ela, que lhe dirá o que pensa.
|
Etapa nº 4: Decidir o que pensar. Agora que já tem todos os elementos e
|
continua mantendo a sensação de que é capaz, você poderá decidir com que parte da
|
crítica concorda e de que parte discorda. A maneira mais fácil de fazer isso é comparar
|
o filme que criou sobre a crítica com outros "filmes"
sobre os mesmos incidentes.
|
Observe o outro "você" enquanto ele assiste aos
"filmes". Ele precisará assistir a eles
|
confortavelmente, para poder compará-los.
|
Preste atenção enquanto o outro "você" verifica se os filmes são comparáveis. Isso
|
permitirá que "ele" saiba se concorda inteiramente com a crítica ou não. Em geral,
|
existe pelo menos uma parte da crítica com a qual concordamos. Se sua
lembrança do
|
que aconteceu é muito diferente do que aquilo que a
pessoa que o criticou está dizendo,
|
faça-lhe mais perguntas. Preste atenção ao "outro" à sua frente, pedindo mais
|
informações. Por exemplo, talvez a pessoa que o critica tenha reclamado:
"Você não
|
quer saber a minha opinião". Depois de lhe perguntar o
que ela quer dizer com isso,
|
talvez você descubra que ela acha isso porque você olhou para o outro lado enquanto
ela
|
estava falando. Talvez você concorde que olhou para o lado, mas
foi para pensar melhor
|
no que ela estava dizendo — na verdade, uma demonstração de interesse.
|
Etapa nº 5: Decidir que resposta dar. Por enquanto, você apenas reuniu
|
informações, reconheceu a importância do que a outra pessoa lhe
disse, mantendo ativos
|
seus recursos interiores. Agora, já dispõe de todas as informações para decidir o que
|
fazer. Sabe com o que concorda e do que discorda. Sua resposta
vai depender dos seus
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
objetivos pessoais, seus valores, seu relacionamento com a outra
pessoa etc. Observe
|
que é mais fácil escolher uma resposta que respeite tanto você quanto o outro se, ao
|
invés de se sentir agredido, estiver se sentindo bem e com recursos.
A seguir, cito
|
algumas respostas possíveis:
|
a. Diga à pessoa o que acha correto.
|
"Que bom que chamou minha atenção para
|
isso. Não tinha notado o impacto do que eu estava fazendo e agora
saberei agir melhor
|
b. Sua resposta pode incluir uma desculpa.
|
"Sinto muito. É verdade que não tive
|
muito tato e fui egoísta." Um pedido sincero de
desculpas melhora o relacionamento,
|
sobretudo se você realmente deseja agir de outra
maneira no futuro.
|
c. Depois de concordar ou se desculpar, é bom explicar seu ponto de vista.
|
"Obrigado por ter sido franca comigo sobre este assunto que
a está chateando. Sei que
|
olho em outras direções quando falam comigo. Isto me
ajuda a pensar melhor sobre o
|
que você está me dizendo. Na verdade, quanto mais acho que o que está dizendo é
|
olho em outra direção, pois quero entender
direito."
|
"Concordo que tenha sido indulgente com as crianças. Não tinha me dado conta
|
do que isto significa, pois só chego em casa à noite, enquanto você fica com elas o dia
|
inteiro. Achei que, você devia cuidar da disciplina delas,
pois não sei o que aconteceu
|
durante o dia. Acho que pode ser bom se combinarmos quem deve
tomar conta delas a
|
cada noite. Assim, quando for a minha vez, cuidarei da
disciplina, se for necessário."
|
d. Pergunte o que pode fazer para melhorar a situação.
|
fizesse para esclarecer essa questão?" Isso não significa que tenha de seguir o
conselho,
|
mas com isso você pode conseguir informações valiosas. Às vezes, as pessoas nos
|
pedem coisas difíceis ou impossíveis. Mas geralmente o que a pessoa
deseja de nós
|
geralmente é mais simples do que pensávamos.
|
e. Diga à pessoa como vai agir dali por
diante.
|
"Tem razão, planejei nossas férias
|
sem consultá-la. Vamos deixar esses planos de
lado e fazer outros. E, da próxima vez
|
que tiver que fazer planos desse tipo, sem dúvida consultarei você."
|
f. Se não concordar de jeito nenhum com a
outra pessoa, mesmo depois de prestar
|
atenção ao que ela disse, pode lhe dizer
isto:
|
"Obrigada por me dizer o que acha. Mas
|
penso que..." "Temos opiniões diferentes a respeito desse
assunto, e com certeza cada
|
um de nós tem direito de pensar da maneira que acha melhor."
|
g. Pode acontecer que você ache o ponto de vista da outra
pessoa tão diferente do
|
seu que não vale nem a pena conversar.
|
"Como temos opiniões muito diferentes, não
|
acho que valha a pena continuar essa conversa."
|
Etapa nº 6: Usar a informação recebida para poder agir de outra
maneira.
|
Na etapa número 5, talvez você já tenha decidido fazer algo diferente
dali por diante. Se
|
não for o caso, veja o outro "você" fazendo-se a seguinte
pergunta: "Quero usar a
|
informação para agir de maneira diferente daqui por diante?" Se for
o caso, primeiro
|
veja o outro "você" decidindo o que vai fazer da
próxima vez e depois como "ele" se
|
comporta diferente. Repita esses seis passos várias vezes, em situações diferentes. É
|
usar esse processo com pessoas diferentes e vários tipos de crítica. Por exemplo, pode-
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
se fazer uma crítica muito vaga, para treinar as
perguntas que vão lhe esclarecer o que a
|
outra pessoa quis dizer. Use exemplos em que concorde
inteiramente com a crítica e
|
também em que discorde de toda a crítica ou parte dela.
|
Selecione exemplos de criticas
|
difíceis de serem aceitas.
|
Algumas pessoas acham mais difícil aceitar as críticas dos
|
amigos íntimos ou da família, enquanto outras têm mais dificuldade com as críticas dos
|
colegas de trabalho, do patrão ou dos subordinados. Normalmente,
três ou quatro
|
"ensaios" são suficientes para que este processo
seja automaticamente incorporado ao
|
Etapa nº 7: Incorporar a sua parte interior que aprendeu o
processo. Pode
|
parecer um pouco estranho, mas trata-se de um passo muito
importante. Você acaba de
|
observar uma parte interior sua aprender uma nova maneira de
reagir a críticas. Agora,
|
você deve trazer para dentro de si aquele "outro você", para que o processo se torne
|
automático. Primeiro, dissolva o vidro que os separa. Agradeça ao "outro" por tê-lo
|
ajudado neste processo. Agora, estenda os braços e abrace aquele "outro"
e traga-o para
|
dentro de você. Leve o tempo que achar necessário, para que todo o conhecimento
|
recém-adquirido esteja imediatamente à sua disposição quando receber uma crítica dali
|
Muitos dos que aprenderam este processo, seja durante um seminário, lendo um
|
de nossos livros anteriores (1) ou assistindo a um de nossos vídeos (2), testemunharam
|
como isso foi importante para eles. Alguns comentaram que, além de ajudá-los a aceitar
|
as críticas de outros, este processo também tornou mais fácil lidar com a autocrítica.
|
Eles simplesmente o aplicaram ao que diziam a si mesmos.
|
Este processo também pode ser aplicado a elogios,
tornando a pessoa menos
|
influenciável a opiniões bajuladoras. Após avaliar o elogio, pode-se
agradecer com
|
cortesia. Se o alvo do elogio for algo muito importante, pode-se
reagir com mais
|
Uso do método com ex-combatentes
|
Peter Gregory, psicólogo do Veterans Administration
Medicai Center, em Fort
|
Harrison, Montana, nos telefonou há pouco tempo para agradecer pelos métodos de
|
PNL que aprendera conosco, pois estavam sendo úteis no seu trabalho com ex-
|
combatentes. Antigo chefe de equipe de uma associação de ex-combatentes em outro
|
Estado, Peter tem trabalhado com centenas de ex-combatentes,
desde 1973. Ele disse:
|
"Além do método de cura de fobia, uso bastante a estratégia que aprendi com
|
vocês para reagir a críticas. Além de valiosa para dessensibilizar a
reação das pessoas à
|
autoridade, é extremamente útil para pessoas com tendências violentas. Alguns dos
|
homens com que trabalhei tornaram-se capazes de ouvir uma crítica da esposa sem
|
terem reações violentas. Já não se ofendem com facilidade. E
muitos me dizem: 'Eu nem
|
me dava conta de que estava reagindo com agressividade.' "
|
Aprender a reagir positivamente a críticas é apenas uma das inúmeras habilidades
|
que tornam nossa vida mais fácil. Cada uma dessas habilidades
aumenta nossa auto-
|
estima, coloca mais opções à nossa disposição e permite-nos ter um melhor
|
relacionamento com outras pessoas.
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
(1) Andreas, Steve & Andreas, Connirae.
|
Transformando-se — mais coisas que você
|
cap. 8, "Uma estratégia para lidar com críticas" (Summus
|
(2) "A Strategy to Responding to Criticism", vídeo (vide Apêndice III).
|
Não me aborreço com críticas,
|
mesmo quando, por força de um argumento,
|
elas deixam de corresponder à realidade.
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Quando Lori tinha onze anos, caiu numa casa de vespas e recebeu
mais de cem
|
ferroadas. Seu corpo inchou tanto que seus anéis tiveram de ser cortados. Não entrava
|
em nenhum de seus vestidos e durante vários dias teve que usar o
|
então, desenvolveu uma profunda fobia a abelhas. Como ela mesma diz:
"Se uma abelha
|
estiver na minha casa, é porque
|
não estou!" Se uma abelha entrar no carro enquanto
|
ela estiver dirigindo, Lori encosta o carro, desliga a ignição, abre as portas e espera até
|
que a abelha vá embora. Um dos participantes de
nosso seminário conhecia a fobia de
|
Lori e lhe perguntou se ela gostaria de fazer uma demonstração para o resto do grupo.
|
Embora vários outros exemplos deste livro estejam parcialmente resumidos
para a
|
conveniência do leitor, oferecemos uma transcrição completa desta sessão, para quem
|
quiser conhecer todos os detalhes. A sessão com Lori está também incluída em nosso
|
vídeo "Cura rápida de fobia e trauma" (1).
|
Lori, a quem eu não conhecia, entrou na sala pouco
antes de eu lhe pedir que
|
viesse à frente. Para enfatizar o método, não contei ao grupo qual a sua fobia.
O método
|
funciona com várias fobias específicas, pouco importa qual seja o
problema. Comecei a
|
conversar, para deixá-la à vontade. • "Lori, nunca tínhamos conversado antes."
|
"Mas você conversou com Michael."
|
"Não sei que promessas exageradas ele lhe fez" (sorrindo).
|
Lori: (rindo) "Não vou lhe contar. Não direi o que ele prometeu
|
"Bom, mas você tem uma reação fóbica, que não contaremos ao grupo, está bem?"
|
"Trata-se de algo bem definido, certo?"
|
"É um único objeto ou um grupo de objetos?."
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
"Apenas um. O que vou pedir a você é que pense nesse objeto agora. Se um
deles
|
estivesse voando pela sala agora..."
|
Lori: "Ahhhh!" (Ela gira a cabeça, rindo de maneira nervosa.)
|
Depois de ter visto o tipo de reação fóbica de Lori, vou poder saber quando
a
|
reação tiver mudado. Entretanto, neste momento, preciso
|
passar à técnica. Foi o que fiz, com instruções bem claras, distraindo-a,
acalmando-a e
|
perguntando-lhe sobre seu amigo Michael.
|
"Isto é o que chamamos de 'teste prévio'. Muito bem, volte para cá. (Lori ainda
|
está rindo de maneira nervosa.) (...) Olhe para as pessoas do grupo.
(...) Olhe para mim.
|
Lori: "Obrigada. Estou bem agora".
|
"Não faremos mais esse tipo de coisa, está bem?"
|
Lori: "Está bem. Nossa mãe!"
|
"Agora, olhe para as pessoas à sua volta. Como se sente diante
delas? (Lori olha
|
para o grupo.) "Sente-se nervosa por estar na frente
deles?" (Lori inspira profundamente
|
e diz "Nem tanto".) "Está se sentindo bem?"
|
Lori: "Estou, sem problema".
|
"Tem um amigo no grupo, não é?"
|
"Ele tem um lindo sorriso."
|
Lori: "É verdade. É um grande amigo".
|
Agora que Lori voltou ao seu estado normal, posso iniciar o
processo. "O que
|
gostaria que fizesse, antes de mais nada... Quero esclarecer que
este método é muito
|
simples e que você não terá de se sentir mal ou coisa parecida.
Mas precisamos nos
|
preparar. Portanto, quero que, antes de começarmos, imagine que está dentro de um
|
"Talvez seja mais fácil se fechar os olhos..."
|
Lori: "Tudo bem". (E fecha os olhos.)
|
"Agora, quero que veja uma imagem de si mesma na tela — uma
foto em preto-e-
|
branco. Pode ser uma foto sua como está agora, sentada, ou em casa, ou no
trabalho...
|
Consegue ver uma foto de si mesma?" (Lori faz que sim.) É fácil para você se imaginar
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
"Agora, quero que deixe a foto em preto-e-branco lá na tela, saia do seu corpo,
|
que está sentado aqui nesta cadeira, e vá até a cabine de projeção do cinema. Consegue
|
fazer isso? Vá no seu ritmo..."
|
"De agora em diante, quero que fique na sala de projeção. De onde está consegue
|
ver-se, sentada na sala do cinema? (Lori sorri levemente e faz
que sim). E também
|
consegue ver o retrato em preto-e-branco na tela?"
|
"Muito interessante". (Lori ri e diz: 'Uma boa foto!')
Sabe que poderia participar
|
de um seminário sobre 'viagens fora do corpo' e
pagar 250 dólares para aprender o que
|
acabou de fazer?" (Lori ri.)
|
"Muito bem, agora quero que fique em pé na cabine de projeção e veja-se sentada
|
no cinema e também a sua foto em preto-e-branco na
tela."
|
"Entendeu o que estou lhe pedindo?"
|
"Ótimo, quero que fique de pé, dentro da cabine de projeção, até que eu lhe diga
|
"Quero que se veja através da abertura da cabine de projeção. Há uma abertura no
|
vidro para que possa ver o filme que vamos passar daqui a pouco.
Então, quero que
|
passe um filme de si mesma num momento ruim, em que reagia àquele objeto, naquele
|
momento específico. Quero que passe o filme do início para o final e que continue
|
dentro da cabine de projeção. Pode colocar os dedos no vidro e
sentir sua textura. Mas
|
passe o filme até o final. Veja-se entrando em pânico ao reagir a uma das tais situações.
|
Isso mesmo. Leve todo o tempo que quiser e diga-me quando tiver
terminado."
|
Observei Lori para ver se havia sinais não-verbais de que ela estivesse tendo
a
|
reação fóbica novamente, mas ela continuou com recursos.
|
Lori: "É difícil chegar ao final".
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Lori: "Porque simplesmente pára. É como se tudo recomeçasse. (Faz um gesto
|
circular com a mão direita.) Aquele incidente recomeça sem cessar e não parece ter um
|
final, apesar de eu saber que terminou".
|
"Então parece recomeçar sem cessar."
|
"Vamos acelerar o filme. Quantas vezes acha que deverá recomeçar, até chegar ao
|
Lori: "Umas seis vezes, talvez".
|
"Então vamos recomeçar umas seis vezes, para que possa
chegar ao final... E
|
quando eu disser 'fim!', isto é, depois que tudo aconteceu e você estiver se sentindo bem
|
Apesar de não ter observado nenhum sinal da reação fóbica, acho melhor
|
perguntar a ela: "Sentiu-se à vontade ao observar toda a
cena?"
|
Lori: "Um pouco desconfortável, mas não foi ruim".
|
"Um pouco desconfortável, mas não ruim. Não foi como quando aconteceu de
|
"Ótimo. Daqui a um minuto, vou pedir-lhe que faça uma coisa. Não quero que a
|
faça até que eu lhe dê um sinal. Quero que saia da cabine
de projeção e também da
|
poltrona da sala de projeção e entre no filme bem no
finalzinho, quando tudo está bem
|
de novo e você está se sentindo à vontade. Então, quero que passe o filme do final
para
|
o início, inclusive aquelas seis vezes que foi necessário repetir. Já viu um filme ser
|
passdo de trás para frente quando estava na
escola, por exemplo?"
|
"Perfeito. Quero que passe o filme do final para o início,
|
dele, de forma que a experiência seja real para você. Mas quero que a vivencie
|
do final para o início, e que faça isso em um segundo e meio. De
forma que a sensação
|
seja 'biiiiiiiiizzzzuuuuurrrrrpppppp', e pronto!"
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Lori respira fundo, estremece diz: "Nossa!"
|
"Muito bem. Conseguiu sair do outro lado sem
problemas?"
|
Lori: "Consegui!" (rindo)
|
"Você deve ter-se sentido um pouco estranha, no meio daquela situação, não é?"
|
Lori: (mexendo a cabeça e continuando a rir) "Nem me
diga!"
|
"Bem, agora quero que repita mais umas duas vezes, só que mais rápido. Vá até o
|
final e, bem no finalzinho, entre no filme e volte para o início, revivendo toda a cena..."
|
A maioria das pessoas precisa passar o filme do final para o início apenas uma
|
vez, mas, como Lori sentia-se muito desconfortável, achei que deveria refazer a
cena
|
algumas vezes. Dessa vez, sua reação foi bem menos intensa, apenas um
leve suspiro no
|
"Repita uma terceira vez, mais rápido ainda..."
|
"Acha que foi mais fácil, da terceira vez?"
|
Lori abre os olhos, parecendo
|
cética. Agarra a cadeira com ambas as mãos e
|
começa a rir alto. Depois de oito segundos de uma boa risada, diz:
|
e continua a rir por mais doze segundos. Embora Lori tivesse
|
cooperado de bom grado durante todo o processo, sua reação demonstra que ela não
|
acredita no que acabamos de fazer. Conhecemos bem o tipo de
ceticismo de Lori.
|
Mesmo tendo ajudado literalmente centenas de pessoas,
|
surpresos em ver como um processo tão simples pode ter um impacto tão poderoso. Os
|
comentários que faço a seguir visam demonstrar que
percebo sua atitude de descrença
|
permitir que ela se recupere antes de testar novamente sua reação a abelhas.
|
"Está tudo bem. Nós também adoramos fazer piadas. Aliás é uma das melhores
|
formas de dissociação. Pense nisto. Quando brincamos,
quando temos uma reação bem-
|
humorada a algo, somos obrigados a manter um certo
distanciamento da situação e a
|
nos vermos numa nova moldura, uma moldura engraçada. É uma maneira muito valiosa
|
de nos dissociarmos. Acredito que a dissociação é a essência do humor — não de todos
|
os tipos de humor, claro, pois existem diferenças entre eles. Mas é sem dúvida uma boa
|
"Agora, Lori, quero que imagine que uma dessas pequenas
criaturas está
|
Faço um gesto com um dedo em direção a Lori, imitando o vôo de uma abelha.
|
Ela fica quieta, um pouco preocupada, depois pensativa,
|
medo que demonstrara no início da sessão.
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Lori: "Bem... é que..." Lori não consegue se expressar direito e
começa a rir.
|
"Ainda sente aquilo (a fobia)?"
|
Lori: (olhando para baixo, surpresa) "Não!" Ela ri e coloca a mão no peito.
|
"É uma boa resposta, porque parece "Como foi isso?"
Conscientemente, ela estava
|
esperando sentir a (antiga) reação. Ela a sentiu durante... Quanto
tempo mesmo você
|
"Ela tinha a certeza de que teria aquela reação durante vinte anos. Era uma reação
|
muito forte e desagradável. Trata-se de uma expectativa
muito forte. E que tipo de
|
expectativa consciente ela teve agora? 'Ai, vai ser horrível...! e, de repente, 'Como foi
|
"Agora vamos experimentar algo pior ainda. Imagine que uma
abelha veio pousar
|
na sua mão. (Lori olha para a mão.) Consegue imaginar?"
|
Lori: "Sim". Ela balança a cabeça, sem acreditar. "Nossa mãe!"
|
Lori: "Bom... (Ela sacode os ombros, indiferente.) É como se eu tivesse uma
|
"É uma resposta típica. É o mesmo que dizer: 'É como estar dentro de um
|
elevador'. Não é meio estranho?"
|
Lori: "É verdade. Foi isso que aconteceu um
ano depois do incidente. Uma abelha
|
veio pousar na minha mão. Meu Deus!"
|
"E sua reação foi bem diferente da de agora,
certo?"
|
Esta sessão, realizada em janeiro de 1984, durou menos de sete minutos. A
reação
|
não-verbal de Lori a abelhas foi nitidamente diferente no final da
sessão. Várias vezes,
|
durante o verão, perguntamos a ela se havia visto
abelhas, pois queríamos conhecer sua
|
reação numa situação real. Ela sempre nos disse que não vira nenhuma abelha.
|
Finalmente, no mês de dezembro de 1984, levamos um
vidro cheio de abelhas à sua
|
casa. Na entrevista de acompanhamento, gravada em vídeo, ela calmamente segurou o
|
vidro, examinando as abelhas com atenção. Depois, soltamos as abelhas e ela
as
|
observou voando pela sala sem esboçar nenhuma reação. Havia uma abelha dentro da
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
sua casa e, dessa vez, ela também estava lá. Cinco anos se passaram desde a
sessão e
|
Lori nunca mais prestou atenção a abelhas, embora admita:
"Mas acredito que algumas
|
É bastante comum que as pessoas não prestem atenção ao que antes era um
|
estímulo fóbico. O que as amedrontava torna-se tão normal que nem lhes chama a
|
atenção. Quando entrevistamos uma senhora algumas semanas após ter eliminado sua
|
fobia de elevador é que ela se deu conta de que já havia tomado várias vezes o elevador,
|
Quando usar o método contra a fobia
|
Este método foi criado por Richard Bandler2, a partir de um método anterior
|
criado por ele juntamente com John Grinder (3). Funciona muito
bem em qualquer caso
|
de fobia na qual a pessoa reaja instantaneamente a um estímulo específico: insetos,
|
medo de altura, pássaros, cobras, água, locais fechados, elevadores
etc. Embora tenha
|
funcionado em alguns casos de agorafobia, não é o método ideal para esse problema.
|
As reações fóbicas são caracteristicamente
|
estímulo específico. Outras reações de medo, muitas vezes chamadas de
"ansiedade",
|
desenvolvem-se mais lentamente, num período de minutos ou horas. Este método nem
|
sempre é eficaz nos casos de reações de ansiedade. Para esses casos, o
padrão
|
(vide capítulos 17 e 18) geralmente funciona bem.
|
Além das fobias específicas, este método pode ser eficiente para
eliminar muitos
|
problemas que nem sempre são considerados fobias, desde que
sejam reações
|
automáticas a lembranças desagradáveis. Neste conceito está incluída uma ampla gama
|
de reações traumáticas a acidentes, maus-tratos, doenças graves,
|
experiências de guerra, inclusive a maioria dos distúrbios de
|
Método rápido de cura de fobia: resumo
|
Escolha uma lembrança desagradável, uma fobia ou uma experiência traumática que deseje
|
neutralizar. Reveja o exemplo da Lori, para obter uma descrição mais detalhada de cada etapa.
|
1. Imagine que está numa sala de cinema.
|
fazendo algo neutro numa pequena tela em
|
2. Saia fora do seu corpo
e veja-se olhando a si mesmo na tela.
|
3. Nesta mesma posição, assista a um filme em
preto-e-branco de
|
experiência que deseja "neutralizar".
|
4. Após ter acabado de se ver no filme,
quando tudo voltou ao normal, pare o filme, como se
|
fosse uma fotografia. Então, entre
|
da foto, torne-a colorida e volte o filme de trás para
|
diante rapidamente. É como se você estivesse assistindo a um filme do
fim para o início, com
|
dele, como se o tempo tivesse invertido seu curso normal.
|
5. Agora, teste. Pense no incidente ou na lembrança e observe se consegue se sentir
mais
|
confortável. Se conseguir, não precisa fazer mais nada.
|
Senão, repita o processo ou peça ajuda a alguém com experiência.
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Embora pessoas com experiências profundamente traumáticas necessitem da
|
ajuda de um profissional experiente, muitas pessoas conseguiram
aplicar em si mesmas
|
esse método para neutralizar medos. O processo será descrito mais adiante.
|
Sugerimos que este método seja usado com uma ou várias experiências
|
desagradáveis, para que se possa aprender as etapas do processo e
verificar sua eficácia.
|
Munida de conhecimento e prática, a pessoa poderá lidar mais facilmente com
|
experiências mais graves.
|
Distúrbios de estresse pós-traumático (DSPT)
|
Um rapaz com quem trabalhei, John, vinha lutando contra o DSPT há doze anos.
|
Havia tentado vários tipos de terapia, incluindo a
análise transacional, gestalt, terapia da
|
realidade e terapia da emoção verdadeira. John havia sido
fuzileiro naval no Vietnã. Ao
|
retornar aos Estados Unidos, descobriu — como tantos outros
ex-combatentes da
|
Guerra do Vietnã — que não conseguia esquecer a experiência. John tinha pesadelos
|
nos quais se via de volta ao Vietnã e acordava gritando e se debatendo
na cama. Às
|
vezes, a esposa era obrigada a dormir em outro quarto para não se machucar. Depois de
|
uma noite dessas, acordava dez vezes mais cansado do que quando
fora se deitar. Se
|
alguém se aproximava dele pelas costas e o tocasse ou falasse com
ele, John dava um
|
salto e tinha que se controlar para não reagir de forma violenta.
|
John evitava qualquer coisa que lhe lembrasse a Ásia, pois isto lhe provocava
|
pesadelos. Chegou até a ter um pesadelo de olhos abertos.
Num mercado de pulgas,
|
ouviu vozes falando em vietnamita e viu uma família de dez vietnamitas caminhando
|
em sua direção. "Isto me fez reviver o
incidente mais violento por que passei no
|
Vietnã", ele contou. Quando olhou à sua volta,
|
transformado em vietnamitas". John entrou em pânico e saiu correndo.
|
Trabalhei com John durante cerca de 40 minutos. Gastei a maior
parte desse
|
tempo tentando convencê-lo a experimentar o método. Como havia passado por muitas
|
terapias sem sucesso, estava relutante em tentar novamente.
|
Um mês após a sessão, numa entrevista gravada em vídeo (1), John declarou que
|
finalmente atingira o resultado desejado. Estava conseguindo
dormir bem e acordar
|
descansado. Tinha até se tornado amigo de dois asiáticos e ido a um restaurante japonês
|
e pedido a refeição em japonês, idioma que não usara nos últimos doze anos. Bastante
|
comovido, disse o quanto estava agradecido por ter recuperado a
capacidade de se
|
relacionar com asiáticos, como amigos, em vez de ver
neles apenas lembranças dos
|
tempos de horror do passado.
|
No dia seguinte à sessão, ele viajou com a esposa para
participar de um seminário
|
de dois dias. No final do segundo dia, a esposa comentou:
"O que está acontecendo com
|
você? Está diferente. Antigamente, você dava pulos quando alguém chegava por trás de
|
você e agora não está mais fazendo isso". Só então ele se deu conta de que ela tinha
|
razão, só que nem tinha notado.
|
Chegou até a rever um filme sobre o Vietnã,
|
nenhum problema. Da primeira vez, tinha sido "um horror
durante duas semanas".
|
Esse relato indica claramente uma mudança ocorrida em um profundo nível
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
inconsciente. Há pouco tempo, cinco anos depois da
nossa sessão, telefonei para John e
|
ele disse-me que se sentia bem. Para fazer um teste suplementar,
pedi-lhe que me
|
descrevesse o pior incidente que lhe acontecera no Vietnã. Com uma voz normal, ele
|
contou que estava numa feira-livre em Pleiku, esperando para
reunir o pelotão, quando
|
uma criança tentou roubar sua carteira. Ao agarrar a mão da criança, ele ouviu alguém
|
gritar "Granada!" atrás dele e sentiu algo rígido às suas costas. Ao voltar a si, estava
|
encostado em uma árvore, ainda segurando o braço da criança. "Era só o braço que eu
|
segurava, pois o resto do corpo havia explodido." Para
finalizar, ele disse: "Ainda sinto
|
um pouco de ansiedade. Isto me faz lembrar que sou um ser
humano. Quero manter essa
|
sensação". John tornou-se um conselheiro sobre problemas de dependência de drogas e
|
álcool. É uma pessoa que vive profundamente
sua vida.
|
John passou por experiências terríveis — experiências que não desejaríamos a
|
ninguém. Quando coisas desse tipo acontecem às pessoas, ficamos contentes em
poder
|
ajudá-las a vencer o horror. Ninguém merece passar por esse tipo de
experiência. Menos
|
ainda continuar a revivê-las pelo resto da vida.
|
Abusos sexuais e maus-tratos físicos
|
Com base neste último método contra a fobia desenvolvemos
outro método que
|
tem um papel importante no nosso trabalho com pessoas que
sofreram abusos sexuais
|
ou maus-tratos físicos. Recentemente, a sociedade
começou a reconhecer que há um
|
número imenso de pessoas que sofreram algum tipo de maus-tratos e
os problemas que
|
podem surgir daí. Algumas pessoas conseguem superar
o impacto emocional dessas
|
experiências, enquanto outras precisam de ajuda para se libertar desses
traumas.
|
O passado de Leroy estava tão cheio desse tipo de experiências que muitas delas
|
simplesmente tinham sido eliminadas de sua memória. Se alguém conversasse com ele a
|
respeito de suas experiências anteriores, ele imediatamente
pensava em outra coisa ou
|
ficava tão assustado que ia embora. Leroy queria tanto evitar a dor que
sua atitude
|
chegava a interferir no seu dia-a-dia. Desejava fazer alguma
coisa para resolver o
|
Contei rapidamente a Leroy como funcionava o método que usávamos para ajudar
|
as pessoas a se recuperarem de experiências traumáticas do passado e perguntei-lhe se
|
estava disposto a experimentá-lo. Ele queria muito tentar.
|
Primeiro, guiei Leroy pelo processo de fobia, usando três incidentes desagradáveis
|
do passado, mas não tão traumáticos a ponto de ele os ter apagado
da lembrança. Com
|
isso, ele conseguiu pensar naquelas experiências de maneira confortável.
|
Em seguida, expliquei-lhe: "Leroy, você passou por experiências profundamente
|
desagradáveis. Algumas foram tão ruins que você as eliminou de sua memória, para se
|
proteger contra sentimentos dolorosos. É muito bom que seu inconsciente
queira
|
protegê-lo. Este processo pode ensinar ao seu inconsciente uma maneira
de protegê-lo.
|
Você não tem de se lembrar dessas experiências de forma consciente, porque
podemos
|
guiar sua mente inconsciente para que ela as recodifique de
forma que, a nível
|
inconsciente, não se sinta mais incomodado por elas.
É melhor deixar que essas coisas
|
permaneçam no passado. Seu inconsciente continuará conhecendo essas experiências,
|
de forma que você possa aprender com elas e evitar
que algo parecido aconteça
|
novamente, mas você se sentirá confortável ao se lembrar delas, mesmo no nível do
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
inconsciente. E seu inconsciente pode decidir se e quando é apropriado ter acesso a
|
essas informações de forma consciente".
|
Recodificação de experiências desagradáveis do passado
|
"Primeiro, vou pedir à sua mente inconsciente que
selecione todas as suas
|
experiências, em nível inconsciente, separando aquelas
que foram desagradáveis das
|
neutras ou agradáveis. Vamos fazer algo especial com
suas experiências desagradáveis.
|
Seu inconsciente pode lhe dar um sinal que lhe permita saber
quando acabou de separar
|
os dois tipos de experiência. Talvez escute ou veja algo
internamente, apenas sinta que
|
Leroy fechou os olhos e entrou num estado alterado de consciência. Como era
|
difícil falar comigo nesse estado, pedi-lhe que acenasse com a cabeça "sim" ou "não".
|
Quando Leroy fez que "sim", passei à etapa seguinte.
|
"Agradeça ao seu inconsciente por estar
separando essas experiências. Agora é
|
hora de recodificá-las, para que possa manter o que
deseja como aprendizado, porém
|
com novos sentimentos em relação a elas. Você já sabe o que aconteceu quando
|
recodificou as três experiências desagradáveis de fobia com as quais trabalhamos
há
|
à distância passando por aquelas experiências ,
|
sentiu-se confortável, como se aquilo estivesse
acontecendo com outra pessoa ou como
|
se estivesse assistindo a um filme. Essas experiências aconteceram há muito tempo.
|
Você passou pelo método de eliminação de fobia, tanto consciente quanto
|
inconscientemente. Agora, seu inconsciente pode usar este mesmo
método de
|
eliminação de fobia para todas as experiências desagradáveis do passado. É bom que
|
seu inconsciente saiba usar o método de eliminação de fobia, porque tudo acontece
|
muito mais rápido no nível inconsciente.
|
"Não sei exatamente com que rapidez sua mente inconsciente vai
recodificar todas
|
as suas experiências desagradáveis do passado, transformando-as em
pequenas imagens
|
nas quais você se vê à distância. E você verá que a cor vai desaparecendo dessas
|
lembranças à medida que elas se afastam cada vez mais. No nível inconsciente, você
|
poderá notar que, embora essas experiências tenham ocorrido em seqüência, agora pode
|
vê-las de uma só vez. Elas já não parecem tão importantes, pois
|
sabe lidar com coisas desagradáveis."
|
Enquanto eu falava, Leroy me dava sinais profundos de que estava
entendendo
|
tudo o que eu dizia. Os movimentos de seus músculos revelavam que ele estava
|
passando por uma grande reorganização interna. Quando terminou,
continuei: "E há
|
mais uma coisa que seu inconsciente pode fazer para que você se
|
a respeito dessas experiências. Os sentimentos desagradáveis
|
devem ficar na lembrança, não em você. Qualquer sensação desagradável que ainda
|
ligada a você deve ir para a sua
|
"Para que isso seja possível, seu inconsciente colocará todas as suas experiências
|
passadas em seqüência, umas atrás das outras. E todas as experiências desagradáveis
|
que você acabou de recodificar podem ser destacadas, talvez alinhadas ao
lado das
|
"Agora, perceba que a fila de todas as suas experiências passadas se encontra
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
de você. Você está no presente e, quando se sentir pronto, poderá
|
as experiências desagradáveis, e desligar-se de todas
|
elas à medida que cada uma delas se desfaz rapidamente." Como
este é um processo
|
inconsciente ou semiconsciente, a reorganização da experiência é muito rápida. Na
|
verdade, se for feito devagar, em geral não funciona. Leroy passou por todo o
processo
|
em cerca de cinco segundos.
|
Como fazer a religação com os recursos do passado
|
O próximo passo serviu para nos dar certeza de que Leroy tiraria o
melhor
|
proveito de suas experiências passadas agradáveis. Muitas das pessoas que
sofreram
|
maus-tratos tentam esquecer
|
o passado, eliminando as experiências agradáveis
|
junto com as desagradáveis.
|
"É importante também ter certeza de que você consegue sentir e apreciar
|
profundamente todas as experiências
|
que tenha tido no passado. Comece a
|
perceber agora, seja a nível consciente ou inconsciente,
todas as suas experiências
|
agradáveis anteriores. Pouco importa, na verdade, que uma experiência agradável tenha
|
durado um dia inteiro, um minuto ou apenas uma fração de segundo. Todas as
|
experiências agradáveis são suas, e você merece conservá-las de forma a se
|
a nível inconsciente, mesmo que não se lembre delas conscientemente.
|
"Quando tiver selecionado todas as suas experiências agradáveis do passado,
|
transforme-as em filmes grandes e bem coloridos, para que possa
sentir o seu impacto.
|
deles, saboreando plenamente a experiência. Mesmo
|
quando pensa em todas as suas experiências agradáveis de uma só vez, pode sentir-se
|
ligado a cada uma delas, como se estivesse em cada uma delas,
pois trata-se de suas
|
experiências, e uma parte importante do aprendizado é poder apreciar a forte sensação
|
de capacidade que elas fornecem."
|
Leroy ficou radiante. Seu rosto estava quase em êxtase quando ele entrou de novo
|
em contato com as partes agradáveis do seu passado. Além de agradável, esta
|
nossas experiências passadas nos permite
|
reconhecer o nosso próprio valor.
|
"Leroy, para que você possa entrar
|
em contato com as experiências
|
agradáveis do passado, sua mente inconsciente deve colocar novamente
em seqüência
|
todas suas experiências passadas, desde o momento de
sua concepção até agora... Dessa
|
vez, você estará prestando uma atenção especial às experiências agradáveis, porque
|
ainda precisa fazer mais uma coisinha com elas...
|
"Quando todas as suas experiências agradáveis do passado estiverem alinhadas,
|
flutue para fora do seu corpo, vá até o momento em que foi concebido e
entre de novo
|
no corpo. Quando estiver pronto, sinta a experiência completa de passar rapidamente
|
primeira à última dessas experiências,
|
a partir do momento da sua concepção, ligando-
|
se aos recursos de cada uma delas com todo o seu ser, de forma
que a sensação de
|
capacidade penetre em cada célula do seu corpo. Faça isso como se estivesse reunindo
|
esses recursos dentro de si mesmo, para que, ao passar de uma
experiência a outra, a
|
sensação de capacidade permaneça dentro de você..."
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Recodificação do presente
|
"Você acaba de passar por uma profunda reorganização do seu passado. E poderá
|
trazer essa reorganização para o presente, de forma que, se
algo desagradável acontecer,
|
você se sinta como se aquilo estivesse acontecendo com
|
sentir-se capaz de lidar com qualquer coisa que lhe aconteça... E quando algo agradável
|
estiver acontecendo com você, é claro que poderá desfrutar plenamente a sensação de
|
estar mergulhado na experiência." À medida que Leroy seguia minhas
instruções, sua
|
cabeça deixou de voltar-se para a esquerda e passou a olhar
diretamente à frente,
|
indicando que ele estava entrando na linha de experiências do presente (ver Capítulo 18,
|
sobre as Linhas do Tempo).
|
Como levar o aprendizado para o futuro
|
"Todos nós sabemos de coisas que poderão nos acontecer no futuro, de forma
que
|
você poderá também codificar o futuro, como fez com o passado. Mesmo não sabendo o
|
que irá nos acontecer no futuro, e mesmo que estejamos tomando atitudes
para que
|
nossa vida se torne cada vez mais positiva, sabemos que teremos
experiências
|
agradáveis e desagradáveis. Mesmo sem sabermos exatamente
o que acontecerá,
|
qualquer experiência desagradável pode parecer menor, em
preto-e-branco, enquanto a
|
imagem inconsciente de um futuro positivo se torna maior e mais
colorida." Enquanto
|
eu falava, Leroy voltou-se levemente para a direita, indicando
que estava pensando no
|
Respeito à ecologia interna
|
Após haver completado o processo, perguntei a Leroy se algum lado
seu tinha
|
objeções ao que acabávamos de fazer. Sua resposta foi
negativa. Como esta é uma
|
recodificação importante da experiência, é importante estar atento a uma possível
|
necessidade de ajuste. 'Por exemplo, às vezes as pessoas têm crenças a respeito de si
|
mesmas que não valem a pena ser mudadas.
|
"Leroy, dê a si mesmo o tempo que for necessário para integrar completamente
|
esta recodificação, certificando-se de que sua nova
codificação o respeita plenamente
|
enquanto pessoa, e aos seus relacionamentos, porque para sua
mente inconsciente
|
sempre possível fazer os reajustes necessários,
|
para que a nova codificação funcione
|
ainda melhor. Sua mente inconsciente pode integrar esta nova
experiência aos sonhos
|
que terá hoje à noite, permitindo-lhe acordar amanhã sentindo-se em forma e bem
|
descansado. E se seu inconsciente precisar de ajuda, poderá enviar-lhe um sinal, como,
|
por exemplo, um formigamento na base da espinha, ou talvez uma
imagem, para que
|
você perceba o que ele quer."
|
Na manhã seguinte, Leroy teve uma sensação de bem-estar e não precisou de
|
nenhuma outra ajuda. Alguns meses depois, contou que conseguia
lembrar-se do
|
passado de forma mais confortável e que a sensação de bem-estar ainda permanecia.
|
"Outras questões importantes surgiram, e consegui
lidar com elas com maior
|
Esse método neutraliza as intensas sensações negativas que geralmente
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
acompanham as lembranças de maus-tratos e faz com que se
tomem as medidas
|
necessárias, se for o caso. Quando uma pessoa tem uma reação fóbica a maus-tratos de
|
que foi vítima, como no caso de Leroy, esse método consegue resolver completamente
o
|
problema da sensação ruim. Além do mais, Leroy conseguiu entrar
novamente em
|
contato com suas capacidades internas do passado, o que também é muito importante.
|
Muitas outras pessoas nos fizeram relatos semelhantes aos de
Leroy após terem
|
usado esse método. "Sinto-me mais capaz, mais
equilibrado". "Consigo pensar no
|
passado sem que isso me incomode." Às vezes, as pessoas se lembram de
incidentes
|
passados dos quais, por serem tão traumatizantes, nem conseguiam
lembrar-se antes de
|
aprenderem a "vê-los à distância". Mesmo em estado de
inconsciência, esses incidentes
|
podem criar crenças limitadoras a nosso respeito, de
forma que tê-los à mão pode ser
|
muito útil. (Ver Capítulo 3, onde ensinamos um método para transformar crenças
|
limitadoras decorrentes de experiências traumáticas.)
|
Para entender como esse método funciona, precisamos conhecer
alguns fatos
|
importantes sobre nossas imagens mentais. Quando imaginamos algo
grande, claro,
|
colorido e próximo a nós, geralmente isso provoca em nós uma forte sensação. Foi por
|
isso que pedimos a Leroy que recodificasse todas as experiências
|
dessa forma, para que tivesse sentimentos plenos e fortes a
respeito de cada uma
|
Por outro lado, quando imaginamos uma cena pequena, distante, em
preto-e-
|
como se estivéssemos nos vendo na televisão, não
|
temos as sensações da experiência. Ao contrário, sentimo-nos mais
"objetivos" em
|
relação a ela, como se fôssemos observadores. Foi por isso
que pedi a Leroy que
|
recodificasse todas as suas experiências desagradáveis ou traumáticas dessa forma.
|
Reviver as experiências traumáticas de trás para a frente também provoca um
|
impacto previsível. A maioria das pessoas diz que
suas experiências perdem a cor. Às
|
vezes, dizem que suas experiências tornam-se transparentes, sem
cor, ou ainda que
|
"caem" da sua linha de tempo pessoal (ver Capítulo 18). Passar rapidamente por
|
experiências agradáveis, do início para o fim, em geral fortalece
as experiências
|
positivas e dá cor e intensidade às lembranças.
|
Embora o processo se torne muito mais fácil quando se conta com a ajuda de
uma
|
pessoa experiente, é possível realizá-lo com sucesso sozinho. O esquema a
seguir
|
servirá para quem quer tentar sozinho. É necessário ter antes uma boa experiência com
|
o método de eliminação de fobia da Etapa 1. Se surgir
alguma objeção interna, dê ao seu
|
inconsciente instruções para recolocar tudo no lugar em
que estava e leia o Capítulo 7,
|
para aprender a lidar com as objeções, antes de continuar.
|
Outros métodos para se lidar com maus-tratos3
|
3 Como se recuperar de maus-tratos e traumas: resumo
|
Este processo permite reprocessar rapidamente múltiplas experiências de maus-tratos ou outro tipo
de
|
trauma. O exemplo de Leroy oferece instruções mais completas para cada uma das
etapas.
|
Etapa nº 1. Preparação. Execute o método rápido de eliminação de fobia com três experiências
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
Quem sofreu maus-tratos na infância em geral tem outras
dificuldades, como, por
|
exemplo, continuar a ser maltratado na idade adulta. Em geral,
essas pessoas precisam
|
de ajuda extra para saberem em quem confiar no futuro. A partir
do momento em que
|
conseguem olhar de maneira confortável para suas lembranças antigas, podem perceber
|
os "sinais de alerta" com os quais devem tomar
cuidado. No caso de terem sido
|
maltratadas física ou sexualmente, precisam
conhecer as pistas que devem observar para
|
se protegerem no futuro. A identificação desses sinais de alerta ajudará a pessoa que
|
sofreu maus-tratos não só a estar mais segura, mas também a
|
Outros métodos descritos neste livro podem ser usados para resolver
outras
|
conseqüências de maus-tratos. Além das lembranças desagradáveis, muitas pessoas
|
experimentam sentimentos de vergonha ou de baixa estima. Nos Capítulos 3 e 4
|
apresentamos outros métodos para eliminar a baixa estima
e, no Capítulo 14, uma forma
|
de se recuperar do sentimento de vergonha. A PNL tem uma
variedade de métodos que
|
podem ser úteis para desenvolver sentimentos mais fortes de auto-estima,
que fazem
|
com que as pessoas não queiram mais ser maltratadas no
futuro.
|
Algumas pessoas que foram maltratadas passam a maltratar as
outras quando
|
chegam à idade adulta. Para algumas delas, esta é a única forma de interação familiar
|
que conhecem. Talvez desejem conhecer maneiras mais carinhosas
de se relacionar,
|
mas nunca tiveram outras opções. Uma pessoa pode maltratar os
outros por causa de um
|
conflito mal resolvido, ou devido a uma "divisão" entre as imagens internas de
|
desagradáveis do passado, para formar uma base para o que fará na etapa n? 3. (Ver o resumo do Método
|
Rápido de Eliminação de Fobia, neste capítulo.)
|
A maioria das pessoas acha mais fácil fazer cada uma das próximas etapas se antes fechar os
olhos,
|
relaxar e entrar em um estado de espírito meditativo.
|
Etapa nº 2. Classificação das lembranças. Peça ao seu inconsciente para separar
suas experiências
|
agradáveis das desagradáveis.
|
Etapa nº 3. Recodificação das experiências desagradáveis do passado.
|
a. Peça ao inconsciente que use o método de eliminação de fobia para tornar todas as suas
experiências
|
desagradáveis do passado menores, menos coloridas e mais distantes. Seu
inconsciente também poderá
|
lhe oferecer a perspectiva visual de se ver passando por essas
experiências, ao invés de vê-las a partir do
|
seu ponto de vista inicial.
|
b. Coloque todas as suas experiências em ordem cronológica e indique as que são desagradáveis. Fique de
|
costas para o passado e então passe, de
|
muito rapidamente por todas as experiências
|
desagradáveis, para se desligar totalmente delas. Volte ao presente.
|
Etapa nº 4. Como entrar novamente em contato com as experiências positivas do passado.
|
a. Peça ao seu inconsciente que recodifique todas elas, tornando-as
maiores e coloridas, e entre
|
delas, ao invés de manter a posição de observador externo, para que
possa vivenciá-las de maneira plena.
|
b. Coloque todas as suas experiências em ordem cronológica e indique as que são agradáveis. Volte para
|
trás, passando por todas elas, e entre dentro de seu corpo no
momento de sua concepção. Passe
|
rapidamente por todas as experiências agradáveis, entrando em cada uma delas, até chegar de volta ao
|
Etapa nº 5. Como trazer o aprendizado para o presente. Traga
para o presente sua maneira de pensar
|
sobre os incidentes agradáveis e desagradáveis.
|
Etapa nº 6. Recodificação do futuro. Leve para o futuro sua
maneira de pensar sobre os incidentes
|
agradáveis e desagradáveis.
|
O processo está completo. Agora você pode apreciar uma maior integração dessa nova maneira de
|
processar suas experiências em sua vida.
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
Este E-Book foi distribuído com a Coletânea MEGA CURSOS
|
Acesse – www.megacursos.com.br -
|
"perseguidor" e "perseguido". Este conflito
pode ser resolvido com o método indicado
|
Há quem acredite ser "escravo do passado" e que as
"feridas psíquicas marcam
|
para o resto da vida". Tenho várias cicatrizes físicas que nunca me incomodam. Elas
|
apenas me lembram do que aconteceu no passado e me ajudam a
saber o que evitar no
|
futuro. Felizmente, a mente pode se curar mais rapidamente e de
maneira mais completa
|
do que o corpo. Esperamos que esses exemplos possam ter mostrado
como incidentes
|
do passado podem ser transformados em recursos para o bem-estar
o presente e futuro.
|
(1) Vídeo "The Fast Phobia/Trauma
Cure". (Vide anexo II)
|
as coisas que você não sabe que não sabe,
|
Bandler, cap. 3, pp. 37-48 (edição brasileira, Summus Editorial).
|
de Richard Bandler e John Grinder, cap. 2, pp. 109-125.
|
(edição brasileira, Summus Editorial).
|
Este arquivo compõe a coletânea STC
|
www.trabalheemcasaoverdadeiro.com.br
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário